Violeta Azevedo 21h
artista já com alguns anos de fascinante actividade, com passado na fundação do meteoro Savage Ohms e presente na banda I+A+V e Menino da Mãe, Violeta Azevedo tem projectado na flauta transversal – mas também na voz – um universo muito particular elevado por processamento electrónico. Na sua via solitária, persiste uma aura de mistério, pautada pela ausência de registos perenes em nome próprio, onde cada aparição sua se revela como que um vislumbre no espaço e no tempo de um work in progress contínuo na sombra. Vivo. Do seu sopro pleno de lirismo, encarreirado para uma armada beatífica de pedais – alguns de criação própria – ascende um fluxo de som que honra o pioneirismo electrónico dos anos 50 e 60 e sua memória pela via hauntológica, capaz de evocar no seu caudal partículas droney, paisagens contemplativas e a névoa cintilante de alguns exploradores do ruído enquanto matéria de sonho.

SAD 22h

é o novo projecto de Francisco Couto, nome inescapável da música alternativa portuguesa nos últimos anos, tanto pelo projecto a solo HIFA ou como baixista em bbb hairdryer, nëss ou na composição do trio live de Maria Reis. Como HIFA já passou pelo ambient, o techno e outros ritmos 4/4, e recentemente texturas mais ligadas ao gabber e ao footwork, mas agora, em jeito catártico, prescinde dos ritmos e explora a ligação entre a linguagem eletronica que constrói desde 2018 e o baixo distorcido que ultimamente tem preferido. A procura entre as pontes que ligam canções, o ruído, e o que ameniza. Uma tentativa de procurar e expor o lado emocional que esconde por detrás da dança.

FARWARMTH 23h

é o nome pelo qual o jovem músico e compositor Afonso Arrepia Ferreira é mais conhecido. Foi ao piano, no Conservatório de Bragança, que o seu percurso se iniciou, formação que viria mais tarde a concluir em Lisboa. Desde 2018, o artista lançou três discos por diversas editoras como a aclamada Planet Mu, ou a extática plataforma Soul Feeder. Nos últimos anos, apresentou tais trabalhos pelas salas do país e outras cidades europeias, compôs música para cinema, instalações audiovisuais, exposições e TV. Navegando entre tons épicos e orquestrais da electrónica e da clássica contemporânea, Ferreira veio a construir uma estética sonora vincada em emoções tão violentas como serenas, almejando uma beleza avassaladora.”

Nico Eon 00h
Investido numa constante procura por novas texturas e padrões sonoros, Nico encontra conforto na fragilidade do improviso e na efemeridade das patches. Nome emergente da cena electrónica modular lisboeta – e fazendo-se acompanhar de um sintetizador modular em constante mutação desde 2020 – os seus livesets oscilam entre as frequências do IDM, glitch, ambient, hyperpop – mas também pelos ritmos frenéticos do drum&bass e do jungle. Através da amálgama de processos variados de composição, Nico apresenta ao vivo algumas das suas faixas produzidas metodicamente, enquanto abre espaço para a improvisação e se deixa levar pelas nuances da espontaneidade.

 

Entrada: 6 euros para o evento