Galeria Ana Lama apresenta_
ciclo FEA (Fake Extreme Art)
Performance de Yolanda Pérez Herreras (Espanha)
Realizador – Tiago Moura
MAPAS PARA TODOS _ VERSÃO “ENTRE NÓS”
Yolanda Pérez Herreras é uma das mais singulares figuras da literatura e da performance em Espanha. Com toda a sua irreverência conceptual, como poetisa situa as suas propostas entre o mais estranho desapego irónico de um sem sentido autodidata em arte e o conhecimento exagerado de uma historiadora de arte que faz explodir ícones. Casos que se podem comprovar nos seus livros “O Gajo Extraordinário O das Tangerinas”; o “DADATEXTOS” que é acompanhado pela performance “DADACONTAR”; e o “3A&10MINUTOS (+1 sugestão) Arte de Ação de Autoajuda”.
As suas propostas, muitas vezes situadas entre a erudição e um ridículo inocente, interpelam o nosso quotidiano e a forma como ainda se vive. Yolanda fá-lo explorando múltiplos mundos, no caleidoscópio de tudo o que apanha à mão, tanto no que escreve, como nos seus pequenos fragmentos de performance espontâneos.
Yolanda é talvez, nos nossos dias, a maior cantora silenciosa de Espanha, cujo cantar e vontade férrea de reciclagem simbólica têm sido apresentados em praças cheias de gente, pequenas livrarias, algumas entradas de museus e muitos palcos. É também editora da revista poética e experimental experimenta… desde 1998. Coordenou a soirée poética e performativa VEN Y VINO (2002-2010) na Galeria El Mono de la Tinta com o grupo “YEA!” e o Festival Internacional de Performance Acción!MAD (2008-2019).
“ENTRE NÓS encontram-se as causas, os efeitos, as consequências, os desfechos. ENTRE NÓS formulamos o início, desenvolvemos as tarefas, consumamos as fainas… ENTRE TODOS delineamos os MAPAS MATERIAIS E ESPIRITUAIS” é a partitura de ação que Yolanda Pérez determinou para a performance Mapas Para Todos_Versão “Entre Nós” no ciclo FEA. Um processo de longa duração, com dois dias prévios de percursos nas ruas da cidade de Lisboa, culminando numa apresentação pública na Casa do Comum, no dia 20 de setembro a partir das 19h.
A performance, in situ, terá um formato diferente – de um making of. A filmagem da ação ganha destaque e será um momento com o público, em que tudo fará parte da meta-ironia e de um radicalismo que se afirma na condição autocrítica da arte. Como meio de vanguarda, a performance tem em si essa mesma atitude. Portanto, queremos explorar a passagem desse posicionamento para o vídeo, tentando captar em tempo real, tudo o que envolve a ação. A realização do vídeo estará a cargo de Tiago Moura.
Tiago Moura (1985) dedica-se ao cinema e às artes visuais com particular enfoque em vídeo e fotografia, sob criação coletiva. Entre os diversos trabalhos de realização, destacam-se os documentários “muro é um muro é um muro é um muro” (2022), “Onde as Oliveiras Crescem os Homens não morrem” (2017) e “Como Semear uma Colmeia?” (2017). Com a Terceira Pessoa, co-criou a instalação multidisciplinar “Uma Linha é um ponto que passeia” (2019), “Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo…” (2022) e “Um muro é um muro é um muro é um muro”. Estreou o filme “Aro” no Arquivo Municipal de Lisboa – Fotográfico, com a colaboração do fotógrafo Valter Vinagre. Atualmente, está a documentar o processo criativo do programa de rádio “RadioATIVIDADE” dinamizado no estabelecimento prisional da Guarda.
Entrada livre M/16
+ info: galeriaanalama@gmail.com
FICHA TÉCNICA
Galeria Ana Lama Apresenta: ciclo Fake Extreme Art
Performance: Yolanda Pérez Herreras
Curadoria: Nuno Oliveira e Margarida Chambel
Realização vídeo: Tiago Moura
Som: Rita Silva
Apoio técnico: Isabel Simões
Apoio à comunicação: Teresa Melo, Luísa Morante e Gabriel Marmelo
Apoios e Parcerias: República Portuguesa – Cultura DGARTES; Câmara Municipal de Lisboa; Polo Cultural das Gaivotas; Casa Do Comum