Calhou ser em maio de 2024 mas a ideia já dançava na cabeça há alguns anos. Um set só de música portuguesa soava a tarefa de Hércules até há não muitos anos. Hoje, parece um acto natural de organização da informação e devolução aos quadris. Misturar a africanidade de José Afonso e Fausto, o hedonismo pop da década de 80, os anos 90 de todas as fusōes, a digitalização dos anos 00 e a escolha múltipla actual é um exercício de construção do tempo através das cançōes e um cocktail de ritmo, liberdade e democracia capaz de desencadear relaçōes e afectos sem fronteiras entre memória e presente. O corpo é que paga.