A trilogia de copenhaga, tove ditlevsen
Em junho conversámos sobre a ‘Campânula de Vidro’ de Sylvia Plath com a minúcia de quem desarmadilha uma bomba. Na próxima sessão, a 17 de julho, falaremos sobre ‘A Trilogia de Copenhaga’ de Tove Ditlevsen (1917-1976), com tradução de João Reis.
Tove nasceu em Copenhaga, crescendo no bairro operário de Vesterbro. Era uma das autoras dinamarquesas mais conhecidas por altura da sua morte, tendo publicado 29 livros nos mais variados géneros: poesia, contos, romances e memórias.
‘A Trilogia de Copenhaga’ foi publicado originalmente em três volumes (Infância, Juventude e Relações Tóxicas) entre 1967 e 1971. Sendo um livro de memórias, não deixa de constituir, pela sua natureza, um poderoso exercício literário. A autora é implacável no olhar que lança sobre si própria, plasmando essa fragilidade e individualidade na escrita. Considerada, por alguns, uma predecessora de Annie Ernaux no campo da autoficção, com que partilha a implacabilidade, mas não o método. Enquanto Ernaux é uma assassina treinada, elegante e eficaz, Tove demora-se, plácida e compassadamente, autopsiando o seu próprio cadáver. Embalando a sua prosa num compasso belíssimo, acelerando a narrativa no início de cada capítulo, contando-nos acerca da sua estranheza. A primeira parte (‘Infância’) é especialmente bem conseguida e a terceira parte (‘Relações Tóxicas’) simplesmente inacreditável.
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