Como escolhemos os livros que lemos?

Um editor sul americano escreveu um dia que a publicação de um livro corresponde ao gesto de lançar uma pequena garrafa ao mar e de ficar a vê-la, à deriva, entre milhares de outras garrafas. Em todo o mundo, todos os dias, outros editores repetem o mesmo gesto, lançando ao grande oceano frotas de livros flutuantes, que na melhor das hipóteses encontram leitores que as resgatam, mas que na maioria das vezes acabam engolidas pelas profundezas.

Editor e leitor partilham uma mesma angústia: a do desencontro. Como fazer chegar e como encontrar essa garrafa no vaivém da espuma? Aquela que procurávamos ou que nos procurava?

Na próxima sessão do Clube de Leitura do Comum iremos partilhar as nossas experiências. O que nos levou até um determinado livro? Quem nos orientou nessa escolha? Como é que os livros que lemos vêm ter connosco? Por indicação de um bom livreiro (alguém capaz de conduzir um pequeno bote e que terá jeito para a pesca)? Seguindo pistas dispersas? Pela mão de um amigo? Ao acaso?

Venham partilhar a vossa experiência — e tragam um livro de que gostem muito e que sirva de exemplo para a vossa história.

Esperamos por todos na Casa do Comum.

livro escolhido para a sessão de novembro é o ‘Um bom homem é difícil de encontrar’ de Flannery O’Connor