As sessões Cinelimite em Outubro apresentam, na Casa do Comum, o ciclo Onda Queer em Super8 da Paraíba, com cinco curtas-metragem e debates com os realizadores.
A produção de filmes Super-8 de João Pessoa, de 1979 a 1984, introduziu a discussão LGBTIA+ e foi batizada de Cinema Guei. Ainda durante a ditadura militar, o primeiro coletivo LGBTQIA+ registrado na região foi formado em João Pessoa, por estudantes da UFPB. Esses grupos de minorias sexuais se organizaram para discutir questões que antes eram proibidas pelo regime totalitário. A discussão da sexualidade no cinema paraibano na década de 80 está representada primeiro em Perequeté, de Bertand Lira, alcançando uma abordagem mais ampla com Closes, de Pedro Nunes, uma mistura de documentário e ficção. Em 1982, o grupo militante Nós Também, composto por cineastas, utilizou a arte como forma de luta e produziu o curta-metragem Baltazar da Lomba. Desse cinema, fruto de um período menos totalitário, surgiram filmes como Miserere Nobis, de Lauro Nascimento, e Era vermelho seu batom, de Henrique Magalhães, uma ficção rodada em Baía da Traição, baseado na maneira do cineasta ver a sua própria sexualidade.