“N’tchanha, N’tchanha, silo be minto”. É N’tchanha quem faz os melhores potes, é ela quem faz aquele pote com a melhor água, a água capaz de esfriar o peito, realizar esperanças, regar sonhos e deixar espaço para a sabura da vida. Há muito tempo que se luta à procura de N’tchanha na Guiné-Bissau, com muitas armas e muitas ferramentas, algumas das quais: contos, cantos, adivinhas, poesias, provérbios, músicas, ritmos, danças, teatro e, também, cinema.
Celebrando o centenário de Amílcar Cabral, a Casa da Cultura da Guiné-Bissau propõe um ciclo de cinema para traçar os Caminhos de N’tchanha, da colónia à independência, estendendo-se às diásporas.
Sessão 1
– Excerto do registo da Exposição do PAIGC em Conacri, 5’ (1973) de Sana Na N’Hada e Flora Gomes
– O Torneio de Amílcar Cabral, 28’ (1979) de Jom Tob Azulay, Flora Gomes e Fernando Cabral
Skola di Tarafe 34’ (2022) de Filipa César e Sónia Vaz Borges
– Maboan, 25’ (2015) de Ana Luísa Luz, Braima Indjai, Ansomane Dabo, Joana Sousa e Zaino Zauad
Duração da Sessão: 92’
Um excerto de um registo da exposição do PAIGC – Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, onde Amílcar Cabral dá a conhecer os sucessos da luta armada, será o ponto de partida para celebrarmos a Libertação e a Independência. Segue um filme sobre o campeonato de futebol que celebra a memória de Cabral, e um outro que recorda os esforços do líder do PAIGC no campo da educação, uma importante vertente do projeto anticolonial. Do tarafe passamos para a bolanha, com um filme sobre as consequências da ofensiva colonial e do exílio das populações durante a guerra, no cultivo dos campos de arroz.