“N’tchanha, N’tchanha, silo be minto”. É N’tchanha quem faz os melhores potes, é ela quem faz aquele pote com a melhor água, a água capaz de esfriar o peito, realizar esperanças, regar sonhos e deixar espaço para a sabura da vida. Há muito tempo que se luta à procura de N’tchanha na Guiné-Bissau, com muitas armas e muitas ferramentas, algumas das quais: contos, cantos, adivinhas, poesias, provérbios, músicas, ritmos, danças, teatro e, também, cinema.
Celebrando o centenário de Amílcar Cabral, a Casa da Cultura da Guiné-Bissau propõe um ciclo de cinema para traçar os Caminhos de N’tchanha, da colónia à independência, estendendo-se às diásporas.
Sessão 3
– Dias de Ancono, 26’ de Sana Na N’Hada (1976)
– História de Cuntum, 33’ de C. Eventos (2018)
– Princesa Makuta, 42’ de Ami Ku Nha Sunhu (2023)
Duração da Sessão: 101’
A terceira sessão é para toda a família. Começaremos com um filme de Sana Na N´Hada, um dos pioneiros do cinema guineense, censurado pelo governo de então, por mostrar uma Guiné-Bissau, aparentemente, não mostrável. Segue-se uma obra realizada à margem do cinema institucional, no bairro de Cuntum, em Bissau. Terminaremos com o mais recente sucesso do cinema guineense, realizado pelo colectivo Ami ku nha Sunhu, um grupo de jovens também que carregam o sonho de encontrar o Caminho de N’tchana.